Festas

Em Rancharia, sempre aconteceu festas memoráveis, vide o I Shifest e aquela, inesquecível, que o nosso amigo João Francisco realizou em sua residência (kkk). Só que desta vez, caros leitores, este espaço será para recordarmos de outro evento que rolou na casa dos irmãos Zoriki, exatamente no dia 15/11/1997, ou seja, fará 14 anos no próximo mês. Puta que pariu, como o tempo passa! Pra quem não se lembra, esta festa foi pra comemorar os aniversários do Sérgio, End, Lér, Ivis e Doçoaldo, ambos, nasceram em novembro. Cada um deu uma caixa de cerveja e só foi chamar os familiares e o resto da galera pra curtir! Esta solenidade contou com a presença da Banda Harpia que tocou o horror e botou o chão pra quebrar.  A cerimônia foi, também, um aquecimento para o Baile do Hawai, que viria acontecer na mesma noite, mas, pra falar a verdade, a “concentração” foi muito mais massa que o baile citado.  Bom... Deixarei que as fotos falem por si só.

Vem Shi pro Face!

No começo do mês fui surpreendido com a seguinte mensagem no meu celular: “Entra pro face Shi”. E não foi, apenas, uma mensagem. Quando encontrei com os amigos daí, que, fui ter conhecimento da repercussão da Campanha, no Facebook, intitulada de “vemShiproFace”, criada, pelo meu irmão Nestor Alves da Silva Neto, vulgo Netinho. Confeço, que, fiquei feliz com a iniciativa do ilustre Nestorzinho, mas, caros amigos, infelizmente, ou felizmente para alguns (kkk), não me adentrarei nesta, ferramenta internautica. Estou fugindo o máximo dos sites de relacionamentos!  Dessa vez, não vai rolar! A Pâmela profetizou em sua frase celebre “Os vermes que dominam o mundo”. Exatamente isso, o Face virou um verme que dominou o sistema, tem neguinho que fica o dia inteiro envolvido nisso. Só pra vocês terem uma idéia, o movimento “punk morreu” quando fiquei sabendo, que até o Luzão, o verdadeiro representante do estilo, da subversão a cultura de massa, também, criou seu Facebook. O rock já tinha morrido, faz um tempo, quando uma garota foi pedir autógrafo, para o Pedroso, quando o mesmo, era vocalista da banda, de covers, Druidas, num show no, extinto, Altas Horas (kkk). Estou satisfeito com meu twitter (@shi_rancharia) e meu Orkut, que está sendo esquecido com o advento do Facebook. Logo vai desaparecer como os Vendedores de Enciclopédias, Máquina de Escrever, Atari, Enceradeiras, Cigarrilhos de Chocolate, Kichute...  

Luzão e Andrei

Eu e o Netinho

  

Viciado em Sebos

Eu não sei se sabem, mas, sou viciado em SEBOS. Todas as cidades que freqüento, já vou logo perguntando:

- Onde que tem Sebo aqui?

Até agora, o melhor dos melhores encontra-se em Campo Grande, infelizmente, não lembro o nome do estabelecimento pra deixar registrado, faz uma cara que não vou por aquelas bandas. Londrina, também, tem ótimos Sebos, só lá que encontro gibis do LOBO (RS). Já estava esquecendo, tem duas coisas importantes que procuro em Sebos: Gibis do LOBO e LPs do Nelson Gonçalves. Pra completar as duas coleções só em Sebos mesmo. Bauru, Ourinhos, Avaré, Presidente Prudente, Assis e Marília eram, até o momento, as principais cidades onde se poderia achar excelentes Sebos, cada um com sua particularidade, porém, numa de minhas viagens para Araraquara deparei-me  com duas lojas interessantes, uma, especializada em LPs de Rock e outra pelo conhecimento e simpatia de seu proprietário, o Senhor Wilson, dono do Sebo “Fora de Série”. Loja que já tem 19 anos de idade e fica aberta até as 19:00hs. O acervo não é muito grande, mas, o conhecimento e a alegria do Senhor Wilson faz com que você perca horas naquele lugar. A especialidade do “Fora de Série” são os discos de vinil. Dei muitas risadas quando vi os LPs do Rei Roberto ao lado das revistas de sacanagem (kkk). Quando comentei que queria os discos do Nelson Gonçalves, o mesmo, foi logo mostrar suas relíquias. Sai do lugar com um compacto de 10 polegadas do Nelsão e conhecendo o cover, mais que perfeito, do boêmio: Paulo Vinicius.

“- Você fecha o olhos e acha que o Nelson Gonçalves quem tá cantando! Disse o Senhor Wilson todo empolgado

E melhor, pelas duas preciosidades paguei a bagatela de 10 Reais, dá pra acreditar? Se for pra Araraquara, dá uma passadinha no “Fora de Série”, recomendo!

Fabio Mozine

Em 95, publicava o EDMORBA ZINE, fanzine que, na época, fazia na máquina de escrever.         E quem é que tinha computador naquele tempo? Errou uma palavra, passava corretivo (kkk).  Neste mesmo ano, descobri através da revista Rock Brigade, a banda, de Vila Velha/ES, MUKEKA DI RATO. Como, naquele período, a internet não era difundida, revistas como a Brigade, eram uma, puta, ferramenta, pra você “pesquisar” bandas independentes. Mandei uma carta Social A/C de MOZINE, o responsável, pela divulgação da banda.  A correspondência foi enviada, com dois selos, dentro do envelope, para resposta, pois, era assim que funcionava. Não demorou muito, o contato foi estabelecido com a vinda de release, foto, demo e flyer. Realizamos uma entrevista com os caras, que até então, não eram tão conhecidos na cena HARDCORE, hoje, são considerados uma das melhores bandas, do estilo. Na ocasião, lançaram a demo tape “Resistirei”, fita K7, que guardo, a sete chaves, como relíquia. E foi assim que tomei conhecimento do cidadão, FABIO MOZINE, sujeito, que contribui, e muito, pro underground Brasileiro.  Esse rapaz está, sempre, envolvido no que há de melhor na cena independente. Enquanto o MUKEKA não apresentava nada de novo, o maluco dava seqüencia com as bandas MERDA e os PEDREIROS, isso, quando não se aventura, escrevendo livros, como o diário de bordo ”Uma Gira em Sudanerica com o conjunto de rock Merda”. E não esquecendo, o trabalho com o, excelente, selo Laja Recordes.  Você, ainda, não ouviu MERDA? O que você está esperando? Corre logo pra baixar! Ou, se preferir, compre seu disco, nas melhores lojas do ramo (kkk).




Essa foto é véia. Olha como era o Mozine 16 anos atrás!

 

Monga - A Mulher Macaco

Parei, esses dias, pensando numa atração, de parque de diversões, que tocava o horror na molecada: MONGA – A MULHER MACACO. Como não freqüento, mais, esses parques, faz muito tempo, que não vejo essas coisas. Procurei, no youtube e só encontrei vídeos, vamos dizer assim, modernos, da personagem. A maioria do Playcenter. Modernos, porque, antigamente, a mulher, que contracenava, a MONGA, era uma tiazinha, usando biquíni, nada “elegante”, com direito a celulite, estrias e tudo o mais. Tosqueira! KKK

No filme, Lisbela e o Prisioneiro, dirigido por Guel Arraes, o segredo da transformação, da MONGA, é revelado pelo personagem Leléu, vivido por Selton Mello.

Conheço alguns amigos, rancharienses, que resolveram não correr da MONGA, após a transformação, como a maioria da molecada fazia, e partiram “pra cima”, pra ver o que acontece. Você já viu a MONGA falar? Nesse dia, ela falou, pedindo socorro, chamando pelo segurança. KKK

Tinha três brinquedos que curtia, pra caralho, na extinta FACIRA: Chapéu Mexicano, Estrela, e é claro, a Monga. Eita tempinho bom, sem responsablidades!

The Mummies

Cada dia, que passa, me surpreendo com as bandas que aparecem. Na maioria das vezes, não pela qualidade, mas, pela tosqueira mesmo. E foi através do Andrei, um pesquisador de som, como eu, que tomei conhecimento da banda mais retardada de todos os tempos: THE MUMMIES. Formada em 1988, San Mateo, California, conhecida pelos trajes esfarrapados de múmias, que usavam nas apresentações. Com influências de SURF ROCK e GARAGE PUNK, criaram e promoveram o conceito de "Orçamento Rock", rejeitando profissionalismo e status de estrela (Percebe-se!). Literalmente, entraram na onda da atitude Do-it-yourself. As Múmias era formada por Trent Ruane (Órgão e vocal), Kattuah Maz (Baixo), Winther Larry (Guitarra) e Quan Russel (Bateria). Depois que descobri o GWAR, achei que, nunca mais ia ver coisas desse tipo! KKK

Não me interpretem mal, não quero parecer o Álvaro Pereira Junior. “Tosco”, aqui, não é sinônimo de lixo. Personagem, como o “Seu Madruga” é o melhor exemplo disso. Era “Tosco” e, ao mesmo tempo, massa pra caralho! KKK

E você, qual foi a banda, mais, tosca que ouviu?

PROMOÇÃO!

Você lembra do I SHIFEST? Da FESTA NA CASA DO JOHNNY ou da FESTA DO ALEX, no balneário? E da VIAGEM AO FUNDO DO COPO?

Escreva sobre, qualquer, um desses eventos e ganhe prêmios.  A melhor história será publicada no Blog e o ganhador levará, pra casa, tudo isso:

Mande seu causo para shi.fernando@gmail.com. A PROMOÇÃO  vai até o dia 21/04/2011. O ganhador será divulgado no dia 23/04/2011. 

Larga mão de preguiça e bota a cabeça pra funcionar!

APOIO:

Pesquisa número 06: Qual dessas músicas, você recorda da “casa da vó" da Mayra?

“- Alô, Mary? O pessoal tá combinando de subir aí, logo mais, á noite! Beleza?"

“- Massa! Pede pra alguém comprar cigarro pra mim, que, o meu tá acabando.”

“- Falou!”

Na maioria das vezes era assim. E como foi bom reunir os amigos, naquela chácara. Cada concentração, uma história pra contar. No inicio, existia um cronograma: Casa da Andréa, Pontilhão, Oficina Bar, Balneário e “Casa da Vó” da Mayra. Não necessariamente nesta ordem. Depois, teve uma alteração, pois, a Andréa mudou-se pra residência da Dona Caty. “Final do ano necessito de férias / Reunir a galera e ir pra casa da Andréa / Tomar muita pinga fazer uma puta leréia / Estava esquecendo, ela mudou com a mãe dela / Levou pouca roupa, só cigarro e panelas / No começo, ninguém curtiu, muito, a idéia / Não tem problema, gostamos muito da Andréa”. Mais uma vez, a letra de “Férias”, minha primeira musiquinha, prestando homenagens. KKK.

Em questão de entretenimento a chácara não tinha pra ninguém. Esconde Esconde no Escuro, War, Teatro do Horror, Truco, Presidente, Fogueiras, “Rose is a Rose”, Jogo de Mímica, Tereré e Churrascos mil. Dava até pra entrar no Baile do Hawaí de graça. KKK

“A casa da vó” da Mayra! Era assim que nós chamávamos. Estava pensando nisso esses dias. Fez-me lembrar, um poema, do ARNALDO ANTUNES:

Garotos Podres

Em 1997, uma das melhores bandas PUNK de todos os tempos, os GAROTOS PODRES, se apresentaram, em Marília, no estinto "Alquimia", hoje, o lugar é conhecido como Berlim.

Combinamos eu, Enderson, Rafão e Wagner, vulgo Zolho, para ir ao tão esperado acontecimento. Fomos de Monza 2.0, carro, que pertencia ao End, pois, o nosso companheiro Zolho, levaria uma garrafa de White Horse, para bebericarmos no caminho e não estava afim de dirigir (se beber, não dirija!). Não houve empolgação, por parte, do motorista e do Rafão, com a bebida, então, fizemos o sacrifício de degustá-la sozinhos. Tarefa difícil essa! (kkk). Só tinha um golinho, quando chegamos à cidade.

Atracamos cedo no lugar, porque, ninguém queria perder um segundo qualquer do evento. Ao entrar no recinto, fomos gentilmente pedir a “mocinha da portaria”, para ficarmos com o ingresso do show. Tínhamos a mania de guardar tudo que era convite de festa, ainda mais do show dos GAROTOS PODRES.

­­­­“- Não devolvemos o ingresso, são normas da casa!” - disse a mocinha da portaria

“- Puta que pariu, não acredito!”

Mas, isso não ia ficar assim. Observamos a presença de um banner, pendurado do lado de fora do estabelecimento. Pra quem não conheceu o “Alquimia”, tentarei descrever o ambiente. O prédio era um sobrado. As bandas tocavam na parte superior e o bar ficava embaixo. Lá em cima, tinha uma janela aberta, pra dar uma ventilada no lugar. Era aí, do lado da janela, que estava pendurado o banner, com os seguintes dizeres: “Hoje, Garotos Podres”. Bêbados e revoltados, tentaríamos com unhas e dentes levá-lo pra casa. E foi assim mesmo, enquanto dávamos cobertura, o Wagner, serrava com os dentes, a cordinha que o pendurava.

“- E agora Zolho, como vamos sair com isso aí?”

“- Quando a gente for embora, vou enrolar, colocá-lo por dentro da calça, junto com uma das pernas. Como, não vou conseguir dobrar o joelho e andar normal, vai parecer que estou usando gesso. Vou fingir que quebrei uma perna e sair mancando. Deixa comigo!”

Ou seja, entra um sujeito, apresentando perfeito estado de saúde e depois do show, o mesmo, mancando, despede-se com uma perna quebrada. Perfeito! Tipo de situação corriqueira nos Festivais de banda PUNK. (kkk)

GAROTOS PODRES é GAROTOS PODRES. O show foi do caralho! Os caras estavam em turnê do disco “Com a Corda Toda”. Além das novas músicas, a banda, tocou os velhos crássicos como ANARQUIA OI, JOHNNY, PAPAI NOEL e FERNANDINHO VIADINHO.

E que fim levou o banner? O nosso objeto, de “recordação”, encontra-se na casa do Enderson até os dias de hoje!

Pesquisa número 05: Qual música, quando esta tocando, você lembra de Luau no balneário com o Sérgio Zoriki no violão?

O Sergio foi o maestro dos, diversos, Luais que ocorreram no balnéra. Ouvia-se de tudo do seu violão: Bossa Nova, Rock, MPB e até alguns jingles de comerciais, antigos, da TV. "Quem é que lhe cobre de beijos, satisfaz seus desejos, e que muito lhe quer? Arapuã, ligadona em você!" kkk

A música mais underground que o “Shulâmpida” tocava era TAPUPUKITIPA do primeiro disco da RITA LEE. Essa, eu fiquei de cara! Desculpe, vou explicar, “Shulâmpida” era o apelido que o Kabal sugeriu, na época, para o Sergio, fazendo trocadilho com a canção do ADONIRAN BARBOSA. "As mariposa quando chega o frio, fica dando vorta em vorta da lâmpida pra se esquentar". kkk

Era só anunciarem o próximo “Miss Turismo” e a galera se programava para fugir de toda aquela muvuca. Na maioria das vezes, o esquema era montado no "Complexo Parasitológico Seu Natal", nome, dado por Lucas, o Maluco, para o campo de futebol de areia que era situado na frente da casa do seu Natal, ou casa do End, como preferirem.

Não tinha tempo ruim! Quando o assunto era diversão, podia fazer o frio que fosse e lá estaríamos, no balneário, para mais um Luau.

Pesquisa número 04: Qual música, quando esta tocando, você lembra da banda Harpia, na Oficina bar?

Banda Harpia lembra, Marquinho Franco, Pessoal do Rock e Oficina Bar Lotada. Umas das bandas de rock preferidas pelos apreciadores do gênero, que freqüentaram a Oficina. O período de 96-98 foi áureo.

Tive conhecimento da banda, numa apresentação deles no Alpha, quando o prédio do colégio, era situado atrás da Igreja Matriz. Daí vem, de novo, a abordagem por causa da camiseta de rock. O Xandão me vendo no canto, perguntou se, realmente, gostava da banda que estampava minha camiseta, o IRON MAIDEN. Pode parecer repetitivo, este comentário, mas, esse tipo de situação, ainda, é comum entre os roqueiros. Tem que conferir para ver se curte mesmo o som ou se é um Zé Ruela ( kkk ). Dali por diante, não lembro de ter perdido nenhum show. Alguém recorda da apresentação, da banda, no bar do Carrer? E por falar em apresentação, segue aqui, o relato de alguns acontecimentos ocorridos, enquanto os caras tocavam:

FESTA: I FERVEÇÃO ALPHA
LOCAL: Roller Dancing (Hoje, o prédio encontra-se com a Igreja Quadrangular)
OCORRÊNCIA: O evento foi interrompido com a chegada da Polícia. Escândalo! Tinha dois indivíduos fumando maconha na festa. Eu sei quem foi! kkk

FESTA: II OKTOUROFEST
LOCAL: Baiúca
OCORRÊNCIA: "Lá estava eu pulando da mesa, alcoolizado com certeza". A letra da música "Férias", uma de minhas  pérolas descreve o que costumava aprontar nos shows da banda. Neste dia, após o STAGE DIVING tradicional, logo na seqüência, o Rato (Bloco Ressaca), resolveu fazer o mesmo, mas, não percebendo que a galera tinha dispersado, pulou e esborrachou-se no chão, depois do seu salto infeliz.

FESTA: II BAR BRASIL
LOCAL: Oficina Cultural (Hoje, o prédio encontra-se com o Supermercado Dois Irmãos)
OCORRÊNCIA: Novamente, o show foi interrompido  com a chegada da PM. Um maluco, bêbado, subiu no palco várias vezes com a intenção de ajudar o End cantar. Christian, Gil e companhia foram dar uma lição no visitante ilustre. Resultando: Muita pancadaria. O indivíduo, "tinha", piercing na cara! kkk

FESTA: I ADRENALINA FEST
LOCAL: Vila Rica (Hoje, o prédio encontra-se abandonado)
OCORRÊNCIA: Uma garota aproxima-se da nossa mesa e diz: " - Tem uma colega de vocês, desmaiada no banheiro feminino". Adivinha quem era? Gislene "Mil Grau". Nossa amiga saltitante parecia uma múmia de tão pálida. Recuperado os sentidos gritou: " - Uhuu, vamo beber !!! " kkk

Pesquisa número 03: Qual música você ouviu o Johnny tocar, 200 vezes, em seu violão?

Eu acho que vou tomar algumas caipirinhas enquanto escrevo. Era esse o ritual, quando eu e o Johnny compúnhamos nossas músicas. Vocês lembram da canção "Mal de Montezuma"? "Por que as mulheres não me dão bola, vou colocar colírio na coca-cola, pra ver se rola, pra ver se rola". Esta, como as outras, foi composta depois de várias doses. 

Aprendi uma porrada de coisas, sobre música, com o Johnny. Acreditem, a canção "Mente, Mente", nunca tinha ouvido na minha vida, pra falar a verdade até hoje, não conheço a versão original. Quando ele encana com um disco, pode ter certeza, que dali sai umas três músicas no seu violão. E foi assim com o JUPITER MAÇÃ. "Eu e Minha Ex", "Um Lugar do Caralho" e "Pictures and Paintings".

Lembro quando apareceu a "Sabrina". Não se assustem caros leitores, "Sabrina" era o nome de sua guitarra amarela. Veio o final de semana, levamos guitarra, caixa amplificada e microfone para o balnéra. Esperem !!! Precisamos de um pedestal do microfone, para o músico se apresentar, ou alguém ficará segurando, enquanto ele toca? Palma, palma, não priemos cânico, vamos construir um de bambu. Enquanto era construído, Joaozão, vendo o microfone ali parado, marcando toca, apoderou-se dele e de olhos fechados, contracenou uma transa, digna de filme pornô, gemendo loucamente como se estivesse a ter um orgasmo. Pasmem !!! Ao abrir os olhos, deparou-se com a família do Tonhão, na casa ao lado, aterrorizados com aquela cena. Lembro que ao voltar pra cidade, o comentário, era que na casa da Dona Caty só rolava "Sexo, Drogas e Rock'n'Roll" (kkk). Desculpe, não poderia deixar de contar essa.

Mas, voltamos as músicas ! BEATLES, MUTANTES, RAMONES, TITÃS e STONES eram as bandas mais tocadas no seu violão, este, que, por usucapião, está em suas mãos até os dias de hoje. Como comentei no capítulo anterior, o instrumento pertencia ao Tiaguinho.

Minha história de Rock'n'Roll com o Johnny, começou, quando, ainda, éramos moleques. Fui convidado, por ele, para montar uma banda de Rock. A banda chamaria "Seres". O nome sugerido por João Francisco, poderia ser lido até de trás para frente. Sua formação era Johnny, Shi, Vitão e Tadeu Bonanato (este tinha um orgão em casa, mas, não tocava porra nenhuma). Resumindo, a banda não saiu do anonimato. Muitos anos depois, nova tentativa com a banda "Coquetel Molotov". Foram uma apresentação na Oficina Bar (naqueles "Quem Sabe Sobe"), I ShiFest e uma festa, destruidora, que ocorreu em sua casa. 

Eu ficaria até amanhã, escrevendo sobre essa figura ! São muitas as histórias, cada música, tem um causo pra contar !

Pesquisa número 2: Qual dessas músicas te lembram o Pontilhão?

Vou relatar aqui a minha primeira experiência com o Pontilhão!

Estava eu, caminhando pela Vila Martins, mais precisamente em frente a casa do senhor Ennis Alves da Cunha, usando camiseta dos RAMONES, quando fui abordado por João Francisco, vulgo Johnny, sapiando se, realmente, gostava da banda que estampava minha camiseta e "unas cositas más"(se é que me entendem !). Após longo papo, fui convidado para sair, logo mais à noite, com seus amigos. Qual a programação? Ir na Oficina Bar e terminar a balada no Pontilhão. Lá pelas tantas, aparecem no meu barraco, Johnny e seu amigo Joaozão, este, dirigindo sua Belina II, ouvindo RAMONES. Recordo, que na ocasião, os mesmos, caçoavam de uma amiga, de Londrina, que teria reprovado na escola, no ensino médio. Não demorou muito para perceber o jeito fanfarrão de Joaozão, porque, ao passar em sua residência, para pegar o colírio Moura Brasil (o cabeção tinha esquecido), zuou grandão com minha pessoa. Ao parar o veículo em frente a casa, pediu que eu chamasse "O Vinicius". Sem saber, o que estava acontecendo, chamei por um menino que, na época, tinha poucos meses de vida. A mãe da criança, irmã do fanfarrão, apareceu na janela e gritou: "- O Vinicius foi na Baiuca !". E todos começaram a rir da minha cara. Nesta hora, ouvia-se BEATLES.

Uma volta para "desestressar" e partimos para a Oficina Bar encontrar com os, demais, amigos. Lembro-me, que o bar não estava lotado, porque, não tinha banda tocando, sendo assim, o Pontilhão era a melhor pedida. Tinha-se uma preocupação danada com a Polícia, pois, o lugar não era visto com bons olhos. No caminho até o Pontilhão, rolava uma fita dos STONES.

Já estabelecidos no local, bebíamos vinho Natal e curtíamos o Johnny tocar seu violão, instrumento, que, ainda, pertencia ao Tiaguinho. Nesta mesma noite, João Francisco, mostrava aos seus ouvintes, uma música que acabara de tirar. Esta mesma canção, ouviríamos mais umas 200 vezes por aí. Mas, esse assunto fica para o próximo capítulo...

Ficaram curiosos pra saber que música inédita era essa? É só clicar e ouvir !

Pesquisa número 01: qual das três músicas te lembram mais do Balneário?

O bom e velho balneário ! O "balnéra" do tempo da fita k7. Quando não agüentava a lentidão do rebobinador, do rádio, usava caneta Bic pra ir mais rápido e colocar logo aquele som. Eu lembro de uma fita da Mayra que tinha NINA SIMONE dois dois lados. Consigo sentir "cheiros" quando ouço aquela voz rouca da diva do jazz. Vocês lembram daquela fita do TITÃS (TITANOMAQUIA), do Johnny? "Tanto faz, é igual, felizes são os peixes, felizes são os peixes..." Essa é crássica, o Tonhão quem o diga!

Depois veio o CD. E a Mayra tem toda razão, JUPITER MAÇÃ rolava umas 10 vezes. Na verdade, era uma guerra entre JUPITER MAÇA, agora JUPITER APPLE, e o CD do ZECA BALEIRO do Tiaguinho. "Eu não quero ver você cuspindo ódio, eu não quero ver você fumando ópio, prá sarar a dor..." Tirava um disco, colocava o outro. Socoroooooooooo !!! É claro, não podemos esquecer dos BEATLES, STONES, GAROTOS PODRES, RAMONES, SEX PISTOLS, CHICO SCIENCE, PATO FU, ARNALDO ANTUNES, JETHRO TULL...

Uma coisa é certa, embalados por uma trilha sonora refinada, o que não faltou foi muita diversão, amizade, respeito, L&M e pinga com guaraná. Acreditem, nunca mais tomei isso na minha vida ! rs

Ops, já estava esquecendo ! Tomem muito cuidado !!! (Clima de suspense) "Os vermes que dominam o mundo"